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Nunca permita que a sua felicidade dependa de algo que possa perder

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Era tarde. Estava na pracinha perto de casa. Não era algo que acontecia com muita frequência, quase nunca saíra e o único motivo de tê-lo feito desta vez foi porque o clima estava agradável e por algo ela quis ver o movimento das pessoas, que não era lá muito grande pela cidade ser pequena. A praça era aprazível, tinha muitas árvores e pequenos jardins.

Olhara as pessoas passando e ficara tentando decifrar quais eram seus objetivos. Se elas se questionavam pelo motivo o qual estamos aqui e o que viemos ou temos que fazer. Via nos olhares das várias mulheres, a conformidade de uma vida que elas não acreditavam que iria mudar, no olhar das moças a paixão, que numa hora ou noutra se desfaria por qualquer idiota que a iludiria. Complicado entender todo este ciclo. Às vezes você não sabe se está fazendo a coisa certa e quer parar um instante pra tentar organizá-las, mas já não dá. O tempo já havia se passado e a moça agora chorava. Não sei se é regra, mas por vezes quando está tudo bem, tudo em paz, a gente procura um jeito, indireto, para fazer com que isso acabe.

Ela atravessou a praça com cabisbaixo, reparei em todas as expressões dela. As mãos eram bambas, o corpo não era o mais bonito, não tinha uma cintura notável. Havia feito um coque no cabelo e estava com uma camiseta branca folgada. Olhou certo momento pro vazio com uma face de desgosto, era profundo e entristecedor. Parou, colocou a mão sobre a testa e falou algo baixo. Aparentemente ela havia errado o caminho pra algum lugar e voltou. Era horrível a face de choro, o nariz ficara vermelho como uma pimenta e ela queria sumir dali de uma forma ou outra, não gostava de expressar o que sentia.
Acontecera que ela amou certo alguém, se doou para este amor com todas as forças que ainda havia dentro de si. Cuidou deste amor, que a seu ver tinha chegado em tempo certo. Se dedicou. Acreditava que seria eterno e que as muitas águas não levariam essa certeza. Contudo, o certo alguém a magoou e fez um buraco enorme no coração da moça. Ela não morrera por isso, não anda mais chorando por ai e traz ares melhores do que trazia a muito. Certo de que nada voltou a ser como era, mas buscava o melhor. Mas agora não em outrem, mas em si mesma.

Digo de que da vida sei pouco e que ainda há muito a aprender. Mas algo que se deve levar consigo é que as coisas não são eternas. O desamor que a moça sente ainda vai passar, ah vai. Sabe porque? Porque a verdadeira força está dentro si e não devemos nos doar e nem nos prender àquilo que é passageiro.


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